Uma palavra te toca a alma, enquanto meus dedos te tocam a pele. E qual a palavra que desperta os instintos? Qual o toque que te faz umedecer? Qual o beijo que te incendeia as entranhas quando a palavra certa te faz estremecer? Quando os olhos se fecham, o tato fica mais sensível, ao toque suave e do calor do teu hálito atrás de minha orelha, da maciez quente dos lábios molhados que me tocam a pele.
Os espasmos que vibram a carne rígida, quando minhas mãos grossas sobem por entre as coxas, e te alcançam o proibido. A rendição é certa, e sem tréguas, sem acordo. Só o bombardeio e golpes de nossas partes em atritos, só o esfregar de peles e pelos que deslizam sobre tantos líquidos, o suor, a saliva, o sumo de tua fruta mordida, chupada até a ultima gota do doce néctar que esta estação produz. Lambuzados, e felizes, mas nunca saciados.
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