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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Metáforas cotidianas, parafraseando a vida


A vida e o tempo andam de mãos dadas por lados opostos. Enquanto um vem e passa, a outra segue em frente na contramão de um fim que não escolhe lados. O resultado é único para os dois e em qualquer direção. A caminhada é uma variável, o fim é uma constante. A diferença está no processo de tudo.  



    Cada ponteiro do relógio marca o começo e o fim de qualquer coisa. O tic tac do tempo leva embora mais um segundo de vida. Olhando assim dessa forma tudo fica tão pequeno. Fragmentos de nós fracionados por segundos de futuro. Nos trazem novas chances de fazer de novo, e as vezes nos roubam, como um buraco que só cresce mais enquanto dele se tira. Somos tão pequenos na matemática da vida, menos é mais, as vezes mais é menos. Quantidade não é qualidade, nem idade maturidade. É preciso entender o valor da vida antes da hora em que isso venha não mais importar. E ela virá. A vida acontece a todo instante, e a todo o instante ela deixa de acontecer. Quantos de nós a observa esvaindo entre os dedos como a água que desce pela torneira e some pelo ralo. Não nos damos conta que o tempo nos subtrai.

    Que perdemos tempo travando uma luta contra o tempo, ao invés de vive-lo. Ao invés de fecharmos nossas mãos como uma concha. Mesmo que ainda assim não possamos segurar nem prender a água entre nossos dedos. Mas com certeza esta água transbordará. Poderemos leva-las ao rosto, poderemos bebe-la a fim de nos saciar. Água é vida. Tempo é vida. O tempo é a água que tentamos em vão segurar com nossas mãos. Podemos deixa-la esvair-se por entre os dedos ou segura-la nas conchas de nossas mãos, senti-la, bebe-la, refrescar nosso rosto. Das duas formas, ela se esvairá, em uma delas, porém, a faremos valer a pena. E isso é vida.

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