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sábado, 16 de setembro de 2017

Somos deuses e demônios...

 

A frase acima não veio para confronto do conceito da existência de Deus ou de demônios, muito pelo contrário. A mesma me veio em um dado momento de meditação sobre as consequências de minhas próprias ações. Sim da minha própria vida. Meus medos que me impediram de agir, minha procrastinação, falta de atitude, ou atitudes compulsivas, e sim a maldade que brota de minha alma. Poderia ter escrito: ”nossa alma", mas prefiro responder por mim mesmo, e deixar a livre reflexão ao leitor pois bem sei que em muito pode vir a se identificar, ou não. A maldade em julgar, condenar em pensamentos, e até mesmo daqueles sentimentos de preconceitos que passam desapercebidos dentro de nós, que são sentidos em silêncio. Nossas ações, muitas vezes, de forma banal refletem nossos próprios demônios, demônios de sí, o medo, a mágoa, o jeitinho malandro de fazer com que algo venha a dar certo. 
   Não somos santos, e santo é coisa que não somos, a malícia é uma herança da nossa espécie, independente de gênero, classe ou conceito moral. Vemos também esses demônios nas ações dos maníacos, assassinos, psicopatas, que chamamos de monstros, capazes de matar destruir lares e famílias, que vemos nos telejornais policiais. São monstros devido suas ações, ações essas que fogem à qualquer entendimento humano. Vemos os demônios das ações daqueles também que matam sem precisar sequer suar a pele. Os poderosos de colarinho branco que tanto temos ouvimos falar, poderiam muito bem serem julgados e condenados como homicidas em seus desvios de verbas que deveriam ser destinadas à: saúde, educação, moradia, cidadania etc. Embolsam milhões em dinheiro suado dos impostos coletados daqueles que trabalham dia a dia para o "crescimento da nação". Somos entretanto também deuses. Não como os mitológicos ou os poderosos seres imortais dos contos e fábulas. Podemos encontrar os deuses de nossas ações na pratica do amor sincero, na capacidade de amar e ser amados. Da misericórdia, na preservação da vida e da "dinastia" de nossa linhagem, deste poder que tem uma mulher de gerar dentro de si uma alma, uma vida, a formação dos ossos e peles, o coração que dá as primeiras batidas, tudo dentro da barriga delas. 
   Costumo dizer que mulheres são deusas vestidas de carne. Qual mãe não se torna um ser sobrenatural em força, não se desdobraria em mil, quase em onipresença, pela causa de um filho, ainda que viesse filho este não ter seu sangue ou ter sido gerado em seu ventre? Que poder é esse que faz de um simples mortal sem oportunidade na vida seguir em frente contra todas as probabilidades de sucesso, estudar, reciclar lixo para pagar uma inscrição de um concurso, tornando-se assim um advogado, promotor ou juiz? Qual o nome do poder que fez um homem sonhar, imaginar e idealizar a criação de uma máquina de metal que voa? Ou de cálculos e números trazer a existência uma bomba atômica? De onde vem essa força, até no mais desanimado dos seres ao acordar, levantar, comer e seguir sua rotina, até sentir que o seu deus interior decidiu que sua vida deveria chegar ao fim? Lançando-se de uma ponte, despregando-se a alma do corpo. 
    Somos deuses e demônios de nossas ações, assim como servos das consequências das mesmas. O ser humano em nós deveria temer mais, e pensar bem nestas devidas ações, e suas consequências, pois dos tais poderes listados um que nos falta é o de voltar, parar ou avançar o tempo ao nosso favor. O tempo, ele é o oficial de justiça de Deus. E contra ele não há força que possa domina-lo. O tempo passa, nos levando como ventos nas areias das dunas. O tempo está aqui para nos mostrar que somos meramente carnes perecíveis.

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